Comissão convocará CAB e SMTU para explicarem atrasos nas obras

A Comissão de Infraestrutura Urbana e Transporte da Assembleia Legislativa - CIUT- vai convocar os responsáveis da CAB Cuiabá, concessionária dos serviços de água e esgoto da Capital e da Secretaria de Trânsito e Transporte Urbano- SMTU, para darem explicações sobre a demora na execução dos serviços para remoção de interferências nas obras de mobilidade urbana. A mudança de adutoras e o desvio no trânsito são apontados como principais fatores no atraso das obras do Complexo Viário do Tijucal, que hoje conta com 142 trabalhadores.

Durante a fiscalização no local, realizado na manhã desta terça-feira (22), o presidente da CIUT, deputado Sebastião Rezende (PR) disse que a comissão fará as convocações para que a população seja esclarecida sobre o atraso nas obras. Para os serviços avançarem na trincheira do Tijucal é preciso que seja feita a remoção de uma adutora que abastece a região. O pedido, segundo o assessor da Secopa, engenheiro Civil Jamir Sampaio, foi feito há seis meses à CAB, que até o momento não o executou.

Sampaio também informou que a concessionária de água disse que aguarda a liberação de um novo desvio no trânsito para realizar a remoção da adutora. A mudança no trânsito é feita pela SMTU. De acordo com Alysson Sander, secretário adjunto de Infraestrutura e Desapropriações da Secopa, nos próximos dias essa interferência deverá ser concluída, para acelerar as obras de escavação na trincheira.

"O presidente Rezende disse que mais uma vez pode observar que há entraves por causa da atuação de algumas empresas. Mesmo constatando que a parte estrutural está praticamente pronta, questionou que não há condições de ser concluída porque depende dos serviços da CAB e SMTU".

O prejuízo é da população, pois uma obra tão importante como essa trincheira já poderia começar a ser usada, dentro do cronograma estabelecido. Vamos convocar os responsáveis para saber por que os serviços ainda não foram executados?, disse Rezende, ao acrescentar que se a Assembleia Legislativa não fizer o enfrentamento e fiscalizar, essa obra poderá ficar pronta somente em abril de 2014, especialmente, pelas dificuldades que surgem no período chuvoso.

A condição do tempo nos preocupa porque a obra de trincheira requer escavações e pode sofrer atrasos com o início das chuvas, alertou o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia CREA, Juarez Samaniego, que acompanha a CIUT nas fiscalizações. Esta foi a quarta visita dos deputados nos canteiros de obras de mobilidade urbana. A próxima visita será terça-feira (29), às 9 horas, na Trincheira Zero Quilômetro e obras do VLT em frente ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande.

A realidade não é positiva. A CAB não cumpre as notificações que recebe da Secopa. Por isso, vamos chamar o poder municipal para explicar o que realmente está acontecendo. É preciso esclarecer a população, defendeu o deputado Pedro Satélite (PR), membro da CIUT. O prazo da Secopa é janeiro de 2014, porém Satélite acredita que diante dos entraves há riscos dessa obra ser concluída em junho ou julho do ano que vem.

Na oportunidade, os deputados checaram também o andamento das obras da duplicação da Avenida Arquimedes Pereira Lima. Com a previsão de inauguração ainda neste mês, não houve a visita na ponte Eucalipto sobre o Rio Coxipó. Essa obra já está sendo usada pela população.

Complexo Viário Tijucal Mesmo diante dos entraves que atrasam a obra, o cenário já é outro para quem chega ou sai de Cuiabá pela BR-364, sentido região Sul. O avanço na construção do Complexo Viário do Tijucal, composto por um grande viaduto e uma moderna trincheira, modificou o portal de entrada da Capital, por sua arquitetura arrojada, capaz de cativar até os mais exigentes transeuntes. A trincheira terá 740 metros de extensão, passando por baixo do viaduto na BR-364 até a Avenida Archimedes Pereira Lima. O viaduto já está pronto. Tem 520 metros de extensão e fará a ligação da BR-364, passando por cima do trevo de acesso do bairro Tijucal até a Avenida Fernando Corrêa da Costa.

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